As calçadas que nós precisamos

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Quem usa automóvel para buscar pão na padaria a 50 metros de sua casa deve torcer o nariz para a consideração: as ruas não precisam ser alargadas para dar espaço aos carros em detrimento aos pedestres. São as calçadas que precisam dar espaço aos pedestres para facilitar a mobilidade urbana, com calçadas regulares e sem buracos.

Calçadas irregulares temos a0s borbotões e, se não bastasse isso, ainda teimam em plantar árvores  no meio dos passeios. Nelas, um deficiente físico com cadeira de rodas, por exemplo, não consegue passar por entre o muro e a árvore plantada. Sem contar que raízes da árvore “estouram” o calçament0 e dificultam o andar, por assim dizer, de um deficiente visual com a sua bengala.

Na frente da residência não há necessidade de árvore gigantesca, tem que ser árvore padronizada, que dê pelo menos passagem para um carrinho de bebê. Munícipes questionam frequentemente o jornal O Defensor qual a função dessas árvores no passeio público se não são árvores de frutas e nem mesmo embelezam o local.

Não temos ação direta na parte político-administrativa, o jornal O Defensor não faz parte do governo municipal e nem mesmo pertence a qualquer agremiação partidária que o confunda. A função do jornalismo implantado por este hebdomadário, independente e imparcial, é simplesmente fazer o povo pensar e refletir, torná-lo cidadãos críticos e conscientes da realidade em que vive. E deste mister jamais nos distanciamos.

Voltando ao tema das calçadas em Taquaritinga, contudo, é de bom alvitre que a atual administração municipal tome algumas medidas enérgicas e providenciais, qual sejam mexer nos bolsos daqueles que não respeitam o direito de ir e vir dos cidadãos. Agora até caçambas estão colocando sobre as calçadas, se não bastassem elas serem mal-construídas, obstaculizando-as com pilhas de tijolos, telhas e montes de areia e pedregulhos ao deus-dará da fiscalização.

Semanas atrás o chefe do Executivo reclamou da população que teima em andar no leito carroçável. E sabe por que o povo anda no meio das ruas, senhor prefeito? Porque calçadas são inacessíveis para quaisquer pedestres, sejam mães com carrinhos de bebês, deficientes físicos em cadeiras de rodas, cegos com bengalas eletrônicas. A situação piora quando tem uma árvore gigantesca plantada no meio do passeio.

Ao pedido que foi feito ao prefeito de Taquaritinga para que reduza as calçadas e dê amplo espaço para os leitos carroçáveis, a opinião deste jornal O Defensor é de que fazemos figa para que se dê exatamente ao contrário: o alargamento das calçadas e a redução da largura das ruas. Nosso Município precisa de um plano de arborização urgente para fazer frente ao que vem acontecendo na Serra do Jabuticabal.

Enfim, precisamos preparar de forma drástica a Cidade do Futuro, que inclui mobilidade, acessibilidade e modernidade. Isso demanda ainda meio ambiente, que será a chave que abrirá todas as portas, combinando obras com ousadia e simplicidade, abrigando todos os munícipes sob o manto protetor da comodidade e da qualidade de vida para o bem-estar coletivo de todos os taquaritinguenses.

 

 

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