Polícia prende 2º membro de facção após sumiço de suspeito de estupro de menina em Pitangueiras

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A Polícia Civil de Pitangueiras confirmou nesta terça-feira (29) que prendeu um segundo homem ligado a uma facção criminosa suspeito de participação no desaparecimento de um jovem de 24 anos suspeito de estuprar uma menina de 11 anos no distrito de Ibitiúva há pouco mais de uma semana.

Apontado como “disciplina” da organização, o homem detido no sábado (26) é suspeito de ter levado de carro o suposto estuprador para um local desconhecido logo depois da confusão ocorrida no último dia 20, quando, segundo a polícia, o jovem foi agredido e retido em casa por tios da menina vítima dos abusos.

Além dele, desde o fim de semana permanece preso outro suspeito de integrar a facção, também relacionado ao sumiço. Caso o suposto estuprador não seja encontrado vivo até o término das investigações, que devem ser concluídas em 30 dias, os dois responderão por homicídio, de acordo com o delegado Cláudio Messias Alves.

“O que tem de concreto é que esse que foi preso no sábado é o que foi buscar o estuprador em Ibitiúva. Daí pra frente a gente não sabe o que aconteceu com ele. Se levaram pra outro lugar, se está morto, mantido em algum cativeiro, a gente não sabe o que aconteceu”, afirma.

Tios liberados

O chefe das investigações também confirmou que os dois tios da menina, presos temporariamente até então e suspeitos de terem agredido o suposto estuprador e de tê-lo mantido em cárcere privado dentro de casa até a chegada dos integrantes da facção, foram liberados após prestarem depoimento.

Segundo o delegado, eles alegaram que queriam, mas foram impedidos, de chamar a polícia na data da ocorrência. Eles permanecerão em liberdade e inicialmente não estão associados ao sumiço do jovem, mas devem responder por sequestro.

“Os tios estavam respondendo apenas pelo sequestro, pela retirada, arrebatamento de dentro da casa dele. A prisão era temporária para investigação, eles foram ouvidos, prestaram os esclarecimentos necessários. Tornou-se desnecessária a manutenção da prisão deles”, disse Alves.

Estupro e sumiço

O estupro, segundo a Polícia Civil, foi na tarde do último dia 20, um domingo. Em depoimento, o pai da menina contou que ela saiu de casa por volta de 17h para comprar doces em um bar próximo e foi abordada pelo vizinho no caminho de volta.

“A família do suspeito diz que não houve violência, que ela foi porque quis e que, inclusive, eles tinham um relacionamento, apesar de ser uma criança. Ela insiste que não, que ele a pegou na rua, a puxou pela mão e foi levando para a casa dele”, conta.

De acordo com o delegado, a menina só foi achada pelos pais quase cinco horas depois, dentro da casa do vizinho. Nesse momento, o jovem conseguiu fugir correndo, mas retornou logo depois e foi agredido pelos tios da vítima.

Segundo Alves, os tios queriam chamar a polícia, ao contrário de um terceiro suspeito – morador de Ibitiúva e supostamente ligado a uma facção – , suspeito de ter ajudado um quarto envolvido – o “disciplina” da facção – a desaparecer com o jovem.

O delegado diz que o suposto estuprador tem antecedentes criminais e não descarta a hipótese de que ele tenha sido resgatado por criminosos e esteja escondido para não ser preso.

Um exame no Instituto Médico Legal (IML) de Barretos deve confirmar se o estupro na menina de 11 anos foi consumado ou não.

*Com informação G1.com

 

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