Note & Anote – 7 de agosto de 2020

Separados lá, unidos aqui

Em termos estaduais, tucanos e bolsonaristas são como água e óleo. Porém, em Taquaritinga o PSDB e o PSL (formado por apoiadores de primeira hora do presidente da República) estarão coligados no apoio à reeleição do prefeito Vanderlei Mársico. As coligações só estão proibidas na eleição para vereador.

Reflexos

A ira dos bolsonaristas em relação aos tucanos, que tem como epicentro o governador João Doria, é grande e já rendeu bate bocas na Câmara Municipal. Doria foi o mais votado em Taquaritinga. Jair Bolsonaro também. Logo após a vitória, ambos entraram em rota de colisão e acabou-se a união batizada de “Bolso/Doria”.

Ausência

Veja como o mundo da política dá voltas. Vanderlei foi para o PSDB e contará com o apoio total e irrestrito do presidente do partido, Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional do Estado. Mas, por causa do mau momento de Doria, que ninguém estranhe se o nome do governador nem for citado na campanha. Para alívio do PSL, que tem na cidade os vereadores Juninho Previdelli e Genésio Valensio como nomes mais representativos.

Melhor esquecer

Na maré em que João Doria entrou, é bem provável que Vanderlei prefira deixar de lado o apelido “Doria do Interior”, que lhe foi dado por Marco Vinholi na inauguração dos predinhos da CDHU, na Vila Sargi.

Situação diferente

Por outro lado, o pré-candidato Paulo Delgado (DEM) deverá granjear o apoio do vice-governador Rodrigo Garcia, nome mais forte do DEM no Estado, com chance até mesmo de disputar o governo paulista em 2022. Delgado e Garcia são amigos e trabalharam juntos por vários anos, na capital paulista.

Tradicionais

Sem as coligações na eleição proporcional, MDB, DEM e PSDB poderão ser os partidos mais fortes nas eleições de 15 de novembro em Taquaritinga. Com a nova regra, partidos que não atingirem o quociente eleitoral poderão disputar as vagas que sobrarem. Mas a análise que se faz nos bastidores é que os tradicionais levarão vantagem.