Sobe e Desce – 15 de maio de 2020

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Sobe – Países como a vizinha Argentina que, embora em situação econômica mais delicada (e que, pelo tamanho das comunidades italiana e espanhola na população, com viagens constantes nos dois sentidos, tenderia a ser mais vulnerável), encontrou instrumentos para limitar a disseminação do Coronavírus e lida com um número menor de infectados e mortes. Medidas que passam pela aplicação severa de isolamento social e pela consciência de que saúde e economia andam de mãos dadas, mas que a segunda não pode vir adiante da primeira.

Desce – Se há quem pregue a divulgação de mais notícias positivas (e elas têm ganho seu espaço, até mesmo como fonte de inspiração à população), não se trata de alarme por parte da imprensa, mas de um esforço de conscientização. Num dado momento, o Coronavírus era algo distante e parecia se limitar à China. Vieram as primeiras suspeitas; o primeiro caso confirmado; a primeira morte e, em pouco tempo, já são milhares espalhados no país. Ignorar o risco ou minimizá-lo a todo custo pode gerar uma situação de descontrole previsivelmente trágica, muito mais do que a atual. Por isso, é fundamental compreender e seguir as determinações das autoridades de saúde e prefeitos, no sentido de conter a pandemia. Além de manter o que, a essa altura, dispensa lembrete: higienização caprichada das mãos, uso da máscara, quando necessário, e distanciamento.

Sobe – Se os números diários de infectados e mortos pela Covid-19 divulgados pela Organização Mundial de Saúde – OMS – chamam a atenção e assustam, outras estatísticas vêm causando preocupação. São as que projetam cenários para a pandemia nos próximos dias e meses e que chegam a considerar a possibilidade de milhões de fatalidades relacionadas a ela em grandes países.

Foto: Pixaby

Desce – Há quem pense que se trata de exagero da imprensa, ou de alguma campanha orquestrada com objetivo de criar alarmismo, sabe-se lá com que interesse. Como em tantos outros acontecimentos da história recente, teorias da conspiração sem qualquer apoio nos fatos se proliferam e, muitas vezes, sugerem que tais números são distorcidos, ou não correspondem à realidade.

Sobe – É inacreditável que, com os atuais números da pandemia de Covid-19 no país, ainda haja quem menospreze a doença ou procura encontrar exagero nas medidas de prevenção. Numa tentativa de explicar o inexplicável, usa-se o número de mortos por outras enfermidades, para minimizar estatísticas das mortes causadas pelo novo Coronavírus. Dados que escondem a triste perspectiva de serem ainda piores, considerando os casos suspeitos e as subnotificações.

Desce – O momento é sério, exige comprometimento e compreensão de todos. Não é hora de baixar a guarda, de desafiar determinações ou driblar restrições, mas de fazer cada um a sua parte, num esforço que, não por acaso, é tantas vezes comparado ao de uma guerra. Contra um inimigo que já mostrou do que é capaz, se menosprezado. Passou da hora de entender.

Sobe – A explosão de casos de Covid-19, provocada pelo novo Coronavírus, traz ao mundo uma situação inédita. O advento da globalização derrubou fronteiras, encurtou distâncias e, pela primeira vez, no novo século, põe o planeta diante de um problema global, com efeitos imediatos e também futuros na economia e na rotina dos cidadãos. Criam-se limites e restrições à livre circulação e pessoas oriundas de regiões com alta concentração de casos se tornam obrigadas (ou recomendadas) a adotar uma quarentena, não inferior a 14 dias.

Desce – No caso em que é possível adotar o trabalho à distância (home office), trata-se de medida sensata e ponderada para conter riscos. Além disso, mais do que nunca se mostra fundamental oferecer condições que favoreçam a proteção de todos, como campanhas de esclarecimentos e conscientização.

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