Sobe & Desce – 24 de abril de 2020

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Sobe – O fechamento de grande parte das lojas do comércio varejista em Taquaritinga e na região, com o risco de disseminação ainda maior da pandemia de Coronavírus, tem levado lojistas a ficar entre a cruz e a espada. No início da quarentena muitos proprietários de imóveis e até imobiliárias estavam irredutíveis na concessão de descontos e até mesmo em oferecer ao locatário um prazo maior ou o parcelamento do aluguel para que ele possa arcar com as obrigações. No entanto, fala-se agora que locadores têm começado a flexibilizar os pagamentos, na tentativa de segurar o aluguel.

Desce – Neste momento de crise, alguns lojistas que tiveram que suspender o atendimento presencial, conseguiram amenizar os prejuízos partindo para o sistema de delivery. Porém, até mesmo este segmento já começa a sofrer também uma retração. A queda na renda do empresariado foi geral com a escalada da Covid-19 em todo o país. Muitos tiveram que conceder férias coletivas a partir de meados de março e temem até o fechamento dos negócios, caso a crise se prolongar por muitos meses.

Sobe – Neste momento de isolamento social e de dificuldades para todos os segmentos, o que deve imperar nas negociações é bom senso. Num cenário incerto, onde não há esperança de quando o país voltará à normalidade deve haver uma racionalidade e o entendimento, caso contrário, todos saem perdendo nas relações. A judicialização, agora, seria a última possibilidade a ser cogitada.

Desce – Não foi por falta de aviso. Mesmo com todos os alertas de infectologistas, autoridades da saúde e da maioria dos gestores municipais e estaduais, sem falar no (triste) exemplo em que se transformaram países como Itália, Espanha e Estados Unidos, muita gente segue ignorando a ordem para o isolamento social. Medida mais eficaz – para não dizer única – capaz de desacelerar a propagação do novo Coronavírus, foi somente a quarentena que conseguiu de alguma forma reduzir os casos de Covid-19 e as mortes que viriam aos montes, como consequência.

Foto: Pixaby

Sobe – O que muitos não imaginavam é o quanto seria difícil convencer as pessoas de que isolamento é o que é: isolar-se, manter-se afastado, recluso. Não é (ou não deveria ser) férias, nem desculpa para ficar em casa, nem pretexto para não ir ao escritório ou à aula, muito menos um salvo-conduto para reunir a turma, no meio da semana, naquele sítio afastado e bem discreto de um parente.

Desce – Se os números diários de infectados e mortos pela Covid-19 divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) chamam a atenção e assustam, outras estatísticas vêm causando preocupação. São as que projetam cenários para a pandemia nos próximos dias e meses, e que chegam a considerar a possibilidade de milhões de fatalidades relacionadas a ela em muitos lugares.

Sobe – Entre as poucas certezas referentes à pandemia de Covid-19 estão a de que ela passará e de que será seguida de um período de crise econômica e estagnação. Trata-se de um fenômeno multisistêmico, que coloca em xeque também a saúde, a educação e até mesmo a rede global de transporte, hoje praticamente imóvel diante das restrições de deslocamento. Um quadro inédito no atual século e de poucos precedentes na história recente.

Desce – Os reflexos da pandemia do novo Coronavírus na educação brasileira vão produzir um ano de 2020 completamente atípico nas escolas em todo o país. Essa semana completou um mês que muitas instituições aderiram ao isolamento social e estão sem aulas presenciais. Essa situação suscita um debate importante sobre a reprogramação do calendário escolar pós-isolamento social e a pertinência e eficácia de atividades remotas durante esse período.

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