Como cuidar do carro parado durante o isolamento social?

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O mundo desacelerou e o fluxo de carros transitando pelas ruas reduziu significativamente. Antes um item de uso diário para muitos brasileiros, este meio de locomoção está sendo estacionado nas garagens e deverá permanecer parado por um período ainda incerto devido às regras aplicadas pelo isolamento social em combate ao novo corona vírus. Mas longos períodos sem uso podem trazer problemas para o veículo. Consultamos Gilberto Pose, especialista em combustíveis da Raízen, licenciada da marca Shell, que elencou algumas dicas de como cuidar do carro neste período e evitar problemas sérios quando ele voltar a rodar.

Motor

Intervalos de até duas semanas sem uso não representam problemas para veículos que estejam com a manutenção periódica em dia. Mas acima deste tempo, Gilberto Pose recomenda ligar o carro por cerca de 10 minutos, de uma a duas vezes por semana. “Mas tenha cautela! Não mantenha o veículo ligado em locais fechados ou sem ventilação. O monóxido de carbono emitido pelo escapamento é altamente tóxico”.
Quando o veículo voltar a rodar com a frequência regular, evite forçar o motor. Mude as marchas corretamente, no tempo adequado sugerido no manual do proprietário e deixe o aquecimento acontecer de forma gradativa.

Pneus

Mantenha os pneus bem calibrados, com a pressão máxima indicada no manual do proprietário. Isso evita que o peso do carro deforme a cinta metálica do pneu e eles fiquem desiguais, o que pode causar instabilidade ao dirigir. Para períodos muito longos sem uso, acima de um mês, o recomendado é manter o veículo sobre cavaletes de apoio específico para automóveis. “Assim que voltar a tirar o carro da garagem, não deixe de fazer um balanceamento para se certificar que os pneus estão em condições ideais de uso”, recomenda Pose.

Imagem de (Joenomias) Menno de Jong por Pixabay

Bateria

Alguns componentes consomem bateria mesmo com o carro desligado. É o caso do rádio e do alarme. Há quem prefira desconectar a bateria para evitar seu desgaste, mas Pose alerta: apenas especialistas devem mexer neste componente. “Por armazenar muitos produtos químicos para gerar energia, um descuido ou uma conexão errada pode gerar curto-circuito ou mesmo provocar um incêndio”.

Tanque de combustível

O especialista em combustíveis recomenda manter o tanque cheio durante o período em que o carro ficar parado, de preferência com gasolina ou etanol, ambos aditivados. O combustível comum, ao envelhecer, tem maior tendência a formar gomas e vernizes que se fixam ao sistema de alimentação de combustível. Tanque, bomba, filtros e principalmente as partes mais quentes do motor por onde o combustível passa (carburador ou bicos injetores, válvulas de admissão e anéis dos pistões) são áreas sensíveis a formação dessas impurezas que a gasolina comum não consegue dissolver.
“Somente um combustível com um aditivo efetivo, como as opções da família Shell V-Power, consegue dissolver esses resíduos e prevenir a formação dos mesmos. Gomas e vernizes podem causar o travamento de válvulas de admissão e com isso danificar o motor internamente. O aditivo aumenta o período de resistência a oxidação, dando maior estabilidade aos combustíveis. De acordo com a especificação para combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, a gasolina comum tem de resistir no mínimo a 360 minutos de teste corrido em laboratório, o que na prática, corresponderia a 6 meses de estoque no tanque do veículo. Já a gasolina aditivada resiste pelo menos ao dobro deste tempo”, explica Pose.
Já para os carros flex, a recomendação é sempre usar gasolina aditivada no reservatório de partida a frio, tanto quando o uso do carro for frequente ou durante o período em que estiver parado, evitando o envelhecimento do combustível e a formação de resíduos que podem entupir todo o sistema de combustão do veículo.

Óleo e lubrificantes

Durante um período muito longo sem utilização, os fluidos do carro também podem envelhecer, perder suas propriedades e acabar por danificar componentes do carro. O óleo dos freios, por exemplo, quando perde suas características, pode travar o sistema de frenagem. Já o líquido refrigerante, quando envelhecido, pode corroer o sistema de arrefecimento. O óleo do motor também precisa estar em dia, fazendo com que todos os componentes permaneçam bem lubrificados para evitar desgaste das peças. Se usar o carro brevemente durante o período de isolamento, preste atenção quanto à rodagem do motor a frio, que acontece quando o veículo percorre trechos curtos e o motor não atinge a temperatura ideal. A rodagem a frio pode levar a uma contaminação do óleo do motor pelo combustível.
Ao voltar a usar o carro frequentemente, é indicado fazer um check-up geral e verificar a necessidade de troca de óleos e fluidos. Nos modelos automáticos, certifique que o fluido de câmbio está em ordem. E atenção! É importante ter sempre em mente o prazo de troca de óleos e lubrificantes do veículo, respeitando a indicação do fabricante. “Fazer a troca por tempo de uso ou quilometragem rodada ajuda na manutenção preventiva do veículo, tanto para bom uso quanto para segurança de todos”, alerta Pose.

Mangueiras e correias

As peças de borracha também precisam de atenção. Com pouco uso, podem acabar ressecando e sendo necessária a troca. Cheque se o período de troca destas peças está dentro do prazo e faça a manutenção adequada. Verifique também a condição dos limpadores de para-brisa, pois a borracha das palhetas também pode se danificar.

Freios

Longos períodos sem uso também podem danificar os freios. “Em locais úmidos, o sistema de frenagem pode oxidar e ter a eficácia comprometida, o que é um grande risco para a segurança”, explica Pose. Se o carro estiver parado em um local plano, uma opção é usar calços nas rodas para mantê-lo parado em vez do uso contínuo do freio de mão, já que a umidade pode danificar os freios, mesmo nos sistemas a disco.

Sobre a Raízen

A Raízen é uma empresa integrada de energia que atua em todas as etapas do processo, desde o cultivo da cana, com a produção de açúcar, etanol e bioenergia, até a comercialização, logística e distribuição de combustíveis, tão essenciais no dia a dia das pessoas e dos negócios. Conta com um time de cerca de 29 mil funcionários, que trabalha todos os dias para crescer junto com a companhia e gerar soluções sustentáveis que contribuam para o desenvolvimento do País, como a produção de bioeletricidade e etanol de segunda geração a partir do bagaço da cana.
Com 860 mil hectares de áreas agrícolas cultivadas – e uma das maiores no setor de combustíveis, com mais de 7.000 postos da marca Shell – além de cerca de 1.000 lojas de conveniência Shell Select, considerando Brasil e Argentina. Destaca-se como uma das empresas de energia mais competitivas do mundo e uma das maiores em faturamento no país, com R$ 103,9 bilhões na safra 18´19.
São 26 unidades de produção de açúcar, etanol e bioenergia – e uma planta de etanol 2G -com capacidade instalada para moagem de 73 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, que produzem cerca de 2,5 bilhões de litros de etanol por ano e 4,2 milhões de toneladas de açúcar.
As unidades têm capacidade instalada de cerca de 1GW para geração de energia e produzem, por ano, 3,64 TWh de energia elétrica a partir da biomassa, dentre elas o bagaço da cana-de-açúcar. Por meio de sua atuação no mercado livre de energia em conjunto com a WX Energy, a empresa comercializou cerca de 16,6 TWh de energia na safra 18´19.
Nos segmentos de transporte, indústria e varejo, a Raízen comercializa a cada ano aproximadamente 25 bilhões de litros de combustíveis, e opera em todas as regiões do País por meio de 68 bases de abastecimento em aeroportos e 68 terminais de distribuição de combustível.
Na Argentina, onde começou a atuar em 2018 com a compra dos ativos de downstream da Shell, a Raízen comercializa aproximadamente 6 bilhões de litros de combustíveis por ano, incluindo uma rede com 665 postos Shell, uma refinaria, uma planta de lubrificantes, três terminais terrestres, duas bases de abastecimento em aeroportos e ativos de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).
A Fundação Raízen desenvolve uma relação sustentável e cooperativa com as comunidades vizinhas às suas unidades, tendo beneficiado mais de 13 mil alunos e 4 milhões de pessoas, oferecendo qualificação profissional, educação e cidadania.

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