No Estado de SP, pequenos comerciantes de alimentos apostam no delivery para atender a população e demanda aumenta

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Leila Francisca Silva Castro é produtora de orgânicos do município de Redenção da Serra, próximo a Taubaté, em São Paulo. Ela sempre atendeu seus clientes por delivery, mas agora, em meio à pandemia do Novo Coronavírus, a demanda triplicou e, para se adaptar, Leila começou a comprar alimentos de produtores vizinhos, fortalecendo a fonte de renda local.

Ela conta que tudo mudou quando as pessoas começaram a evitar sair de casa, e seus clientes mais fiéis, que chegavam a 30 antes, compartilharam seu trabalho com vizinhos e colegas, a fim de que esses recebessem alimentos saudáveis e seguros sem precisar ir à feira ou ao supermercado. Hoje, Leila, que trabalha com sua sócia e a família das duas, conta que está atendendo cerca de 100 pessoas.

“Nós até brincamos com a ideia de que daqui uns três meses podemos virar empregador, já que pensamos várias vezes em ampliar nossa horta, mas nunca fizemos por falta de mão de obra”, afirmou a produtora. A ‘Orgânico 3G’, nome do pequeno negócio que produz 30 variedades de verduras e legumes durante o ano, também teve que se adaptar às novas normas das entidades de saúde em relação ao Coronavírus: “Deixo a entrega na porta do cliente e mando mensagem avisando que já está lá. Também estou usando máscaras e luvas e sempre mandamos os produtos pré-lavados e distribuídos em sacolas de plásticos transparentes e descartáveis”, contou Leila.

O comerciante Jubiratan Marquiori, que vende frango em várias feiras da capital paulista, também apostou na tecnologia para ampliar seu trabalho diante da pandemia que o mundo enfrenta.

A banca de Jubiratan roda a cidade ao longo da semana, por regiões como o Itaim Bibi, Higienópolis, Planalto Paulista e Aclimação. Ele já era acostumado a realizar algumas entregas para clientes mais fiéis, mas após o movimento nas feiras cair mais de 50%, segundo ele, comercializar os alimentos por delivery se tornou sua única fonte de renda. “Antes eu realizava umas 4 ou 5 entregas no dia, mas sempre perto da onde minha banca estava instalada. Hoje eu estou realizando 50 entregas e ganhando mais do que quando tudo estava normal”, disse o comerciante.

Jubiratan faz os serviços de delivery com mais dois motoboys que contratou e está pensando em empregar mais dois, dependendo de como as coisas vão andar daqui pra frente. Os pedidos devem ser realizados pelo whatsapp com um dia de antecedência, por meio de um cardápio criado pelo próprio feirante.

Assim como Leila, Jubiratan conta que está tomando as devidas providências em relação à higiene e mantendo sempre a distância recomendada dos consumidores.

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