Óleo no mar: Análises da Petrobras apontam que o óleo que atinge o litoral do Nordeste é produzido pela Venezuela

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Análise de 30 amostras do petróleo recolhido de praias do Nordeste permitiu concluir que ele foi extraído de três campos de produção na Venezuela.

Em entrevista coletiva, o diretor de Assuntos Corporativos da estatal, disse que o ponto inicial do vazamento ainda está sendo investigado, mas não há dúvidas sobre sua origem

O diretor de Assuntos Corporativos da Petrobras, Eberaldo Neto, disse que a análise de 30 amostras do petróleo recolhido de praias do Nordeste permitiu concluir que ele foi extraído de três campos de produção na Venezuela. Durante entrevista coletiva, Neto esclareceu que a companhia agiu assim que foi acionada pela União, no início de setembro, e recolheu 340 toneladas de resíduos das praias. “A gente fez análise em mais de 30 amostras e concluiu que é de três campos venezuelanos”, disse.

O vazamento teria ocorrido no Oceano Atlântico, em uma região no caminho de uma corrente marinha que vem da África e se bifurca, seguindo para a costa setentrional do Nordeste, de um lado, e para a Bahia e o Sudeste, do outro, passando pelos locais onde o óleo tem sido recolhido. “A gente sabe que foi em um ponto desse de bifurcação que foi a origem do vazamento. Provavelmente, um navio passando ali. As autoridades estão investigando.”

Eberaldo Neto destacou que o fato de o petróleo afundar e seguir para o litoral em uma camada abaixo da superfície do mar dificulta a visualização dele com sobrevoos e satélites e também a contenção dele com barreiras.

“A gente tem um centro de defesa ambiental preparado para isso, mas preparado para um óleo da Petrobras, que vaza de instalação da Petrobras, e a gente localiza a fonte e ataca com os instrumentos mais adequados”, disse o diretor, que explicou que o fato de o óleo submergir quase que inviabiliza a contenção dele antes de chegar ao litoral”, relatou.

Ações do Governo Federal

Desde 2 de setembro, o governo brasileiro vem atuando de maneira integrada e ininterrupta para conter os danos causados pelo derramamento de óleo no litoral nordestino. Além das ações de investigação e combate,  também foram distribuídos equipamentos de proteção individual para a população da região.

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