Caixão do faraó Tutancâmon é removido pela primeira vez de sua tumba desde a sua descoberta

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A famosa tumba “amaldiçoada” do faraó Tutancâmon que foi descoberta pelo egiptólogo britânico Howard Carter em 1922 foi aberto, depois de permanecer por mais de 3 mil anos intocada. Dentro dela foram encontrados milhares de artefatos de valor incalculável. Mas, sem sombra de dúvidas, o conjunto de tesouros mais valiosos de toda a coleção está no sarcófago que contém os caixões e a múmia do jovem rei com a famosa máscara funerária que foi posicionada sobre o seu cadáver.  Mascará essa feita inteiramente de ouro.

O corpo mumificado foi colocado dentro de um sarcófago de pedra contendo três caixões, dois deles feitos de madeira entalhada e cobertos com folhas de ouro, e o mais interno criado a partir de lâminas de ouro batido, para acomodar o cadáver do rei.

O que foi removido da tumba do faraó pela primeira vez desde a sua morte (que se deu por volta do ano 1324 a.C.) o mais externo do trio, pois precisou passar por restaurações.

Remover um artefato tão antigo, é delicado e valioso, logo não foi uma tarefa nada simples, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério de Antiguidades do Egito, o caixão foi retirado do interior da tumba em meados de julho de 2019, sob um fortíssimo esquema de segurança e colocado em unidades de transporte equipadas com materiais completamente livres de ácidos e capazes de absorver qualquer umidade.

O caixão do faraó, foi levado diretamente a uma instalação montada especialmente para a realização dos trabalhos de restauração no “Grand Egyptian Museum” que foi construído próximo às Pirâmides de Gizé e tem inauguração marcada para o final do ano que vem. Uma vez nessa sala, o artefato foi completamente isolado e submetido a processos de esterilização e fumigação durante uma semana inteira, para eliminar qualquer risco de proliferação de fungos e outros microrganismos.

O caixão  que mede pouco mais de 2,2 metros de comprimento, conforme mencionado antes, é todo folheado a ouro. O artefato também conta com alças feitas de prata e camadas de gesso  e segundo a equipe de restauradores  do museu que avaliou o seu estado, ele se encontra bastante deteriorado e extremamente fragilizado.

As folhas de ouro que cobrem o caixão, por exemplo, apresentam rachaduras, as camadas de gesso que se encontram sobre a madeira estão em péssimas condições e têm inúmeras trincas tanto que faltam até mesmo pedaços.

O trabalho para devolver o artefato à sua antiga glória levará no mínimo oito meses. No entanto, depois de a restauração ser concluída, o artefato será colocado com os outros dois caixões, o mais interno, de ouro maciço, e o intermediário, feito de madeira coberta com folhas de ouro e adornado de vidros multicoloridos, e ficará em exposição no “Grand Egyptian Museum” marcando a primeira vez que o trio de ataúdes poderá ser visto junto desde a sua descoberta em 1922.

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