Em Londres, equipe do museu descobre pintura escondida de Leonardo Da Vinci

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A National Gallery (museu de arte em Trafalgar Square, em Westminster, no centro de Londres, Reino Unido) investiga uma das pinturas feitas por Leonardo da Vinci desde 2005. E agora, 14 anos depois, o time composto por cientistas, restauradores e curadores que se formou ao redor da obra A Virgem das Rochas (1495-1508) parece ter chegado a algumas conclusões.

A instituição é dona da segunda versão que da Vinci fez de sua obra. Provavelmente, ela foi feita para substituir a primeira, que faz parte do acervo do Museu do Louvre (Paris). E, graças a a tecnologia refletografia infravermelha (IRR), eles encontraram uma terceira pintura oculta por baixo dela.

“Novas imagens revelaram o design anterior de Leonardo para o anjo e o bebê Cristo. Elas mostram diferenças significativas em relação às aparências deles na pintura finalizada”, explicou a National Gallery em um comunicado enviado para a imprensa mundial.

“Na composição que foi desenhada primeiro, as duas figuras aparecem mais para cima. O anjo, voltado para fora, olha para o bebê Cristo e dá o que parece ser um abraço muito mais apertado”, continou a instituição inglesa no mesmo texto.

Com uma técnica chamada  varredura de fluorescência de raios-X macro (macro XRF) desenvolvida para estudar arte em 2018, os pesquisadores determinaram que o desenho oculto foi feito com a ajuda de materiais que continham zinco.

“Com a ajuda dessas imagens, podemos supor que Leonardo começou a trabalhar em uma nova composição, mas acabou mudando de ideia e reproduziu a pintura original”, escreveu a National Gallery no comunicado que enviou para a imprensa.

“No entanto, a segunda versão não é mera reprodução. Além de fazer ajustes significativos nas figuras, ele aproveitou para explorar novos tipos de efeitos de iluminação, baseados em suas pesquisas sobre óptica e fisiologia da visão humana”, argumentou a equipe do museu.

Originalmente, A Virgem das Rochas foi pintada para a Igreja de São Francisco de Maggiore, em Milão. No entanto, da Vinci achou que a instituição não ofereceu um valor adequado pela segunda versão da pintura e, assim, resolveu vendê-la. O artista teve diversos problemas financeiros ao longo da vida.

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