Titanic: navio naufragado deve desaparecer em breve no fundo do oceano

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O naufrágio do navio mais famoso da história, o Titanic aconteceu há mais de 100 anos e, desde 1912 sua estrutura suporta correntes violentas no fundo do oceano ao sudeste de Terra Nova no Canadá. Sofrendo, corrosão salina e bactérias que “comem” metais no fundo do Oceano Atlântico não é surpresa que ele esteja se deteriorando. Em decorrência disso o lendário Titanic deve desaparecer em breve.

Mergulhadores descobriram recentemente que algumas estruturas de dentro do navio desapareceram completamente.

Segundo a BBC (corporação pública de televisão do Reino Unido), o lado estibordo (lado direito) dos quartos dos oficiais tem as partes mais deterioradas do navio. Historiador do Titanic, Parks Stephenson disse à BBC que a banheira do capitão desapareceu. Esse era o item “favorito entre os entusiastas do Titanic”. Stephenson disse que o teto do salão sofreu a maior deterioração, provocando inclinação do navio.  Ainda segundo Stephenson, quando o teto finalmente ceder, bloqueará a visão interior do navio.

Uma das principais razões pelas quais o Titanic tem enferrujado tão rápido é a salinidade que contem água do mar. De acordo com a Universidade da Califórnia, a água é o facilitador da rápida oxidação do ferro. Portanto, não só a salgada como a água doce também causa ferrugem. “Há várias reações de eletrólise que aceleram a corrosão do sal. Se o Titanic tivesse caído em água doce, a taxa de decomposição seria muito mais lenta, já que os elétrons se movem mais lentamente na água doce”.

O curador do National Maritime Museum em Londres, Robert Blyth chama a atenção para a necessidade de se estudar o navio, uma vez que não há sobreviventes e sabendo das chances que ele tem de desaparecer em breve. “É importante usar o naufrágio, enquanto o mesmo ainda tem algo a dizer”, disse.

Clare Fitzsimmons, cientista da expedição do Titanic reforça que micróbios estão enfraquecendo significativamente o metal. “A menor perturbação pode fazê-los desaparecer em uma nuvem de poeira”, relata.

Os pesquisadores têm estudado o nível de erosão de certos metais na água do mar, na tentativa de estimar quanto tempo ainda resta para o Titanic, antes de tudo desaparecer por completo.

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