No twitter, presidente pede suspensão de verbas para filme sobre sua eleição

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O presidente Jair Bolsonaro disse na ultima quinta-feira (24), nas redes sociais, que sugeriu suspender a captação de R$ 530 mil para o documentário “Nem tudo se desfaz”, de Josias Teófilo, que falaria sobre a eleição do próprio. No entanto, não disse para quem fez essa sugestão. Procurada, a  Ancine  também não se pronunciou.

Bolsonaro disse em seu twitter:

“Recentemente, tomei conhecimento sobre a liberação para captação de R$ 530 mil, via Ancine, para produção de um filme sobre minha campanha nas eleições. Por coerência, sugeri que voltassem atrás nessa questão. Não concordamos com o uso de dinheiro público também para estes fins”. Concluiu o presidente.

Josias Teófilo, que também é o mesmo diretor de “Jardim das aflições” (2017), documentário que retrata a ideologia de direita, de Olavo de Carvalho. Em seu perfil no Facebook, postou que o novo documentário “não é sobre Bolsonaro, mas sobre as causas da eleição de Bolsonaro, que, na narrativa do filme, remontam a 2013”.

A notícia de que o filme foi autorizado a captar recurso por meio da Lei Audiovisual, lei essa que permite empresas ou pessoas patrocinarem obras via renúncia fiscal, viralizou dias após o presidente ameaçar extinguir a Ancine (Agência Nacional do Cinema) caso não houvesse “filtro” sobre a produção brasileira.

 Ele disse que dinheiro público não pode bancar pornografia, exemplificando com “Bruna Surfistinha” (2011).

Na mesma publicação desta quinta-feira, ele voltou a dizer que está “trabalhando para viabilizar uma reformulação ou extinção da Ancine”.

“Igualmente, estamos trabalhando para viabilizar uma reformulação ou extinção da Ancine”, completou.

 Mais cedo, numa live transmitida na internet, Bolsonaro falou:

“Eu não tenho esse poderio todo na Ancine. Nós temos cargos que são eleitos e não posso interferir direto na Ancine. Quem no Brasil quer fazer filme, fique à vontade. Se nós formos interferir, é uma censura”, disse.

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