Produção excedente do Instituto Butantan será doada para Venezuela

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Iniciativa é resultado de ampliação do espaço, cuja produção passou de 50 milhões para 140 milhões de doses de vacinas.

O Instituto Butantan doará à Venezuela 1 milhão de doses de vacina contra a gripe e 1,7 mil frascos de soro contra picadas de serpentes e aranhas. O objetivo, segundo o Governo Paulista, é ajudar a população no momento em que o país enfrenta uma grave crise política e humanitária.

As doações serão destinadas principalmente para os moradores da fronteira da Venezuela com o Brasil. “A oportunidade surgiu devido à ampliação de uma fábrica de produção de vacinas da influenza, que passou de uma capacidade de pouco mais de 50 milhões para 140 milhões de doses de vacinas por ano”, conta o diretor do instituto, Dimas Tadeu Covas.

O Instituto Butantan terá capacidade para conceder todas as necessidades do Brasil, em torno de 65 milhões de doses, e ainda ter um excedente. Atualmente, o Butantan é o único instituto brasileiro que produz soros de venenos de cobras e aranhas para o Ministério da Saúde. A ampliação também acontece nessa área.

De acordo com Covas, atualmente “produzimos cerca de 500 mil ampolas por ano, e estamos ampliando a capacidade para que, até o fim do ano, sejam produzidas 750 mil ampolas”. A meta de 2020 é atingir a marca de 1 milhão.

Logística – Os soros já estão disponíveis, mas existe a dificuldade logística porque a fronteira da Venezuela está fechada. “Então, nós disponibilizamos isso para o Ministério de Relações Exteriores. Logo que haja a abertura da fronteira, o soro será encaminhado rapidamente”, afirma Covas. No caso das vacinas, a produção para o Brasil se encerra no mês de abril e, depois disso, as doses serão direcionadas para a população venezuelana.

De acordo com o diretor do instituto, o Butantan está passando por uma época de grandes mudanças, do ponto de vista de modernização de fábricas e estruturas. “O objetivo é que ele se torne um importante fabricante de vacinas, não só para o Brasil, mas também para o mundo”, ressalta. Para o gestor, a pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) é fundamental para o processo de desenvolvimento das vacinas.

Do Portal do Governo

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