Economia: gastos de brasileiros em viagens ao exterior caem 3,9%

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Redução ocorreu por influência da alta do dólar.

Nesta segunda-feira (28), o Banco Central divulgou que as despesas de brasileiros em viagens ao exterior ficaram em US$ 18,263 bilhões em 2018. O valor equivale a uma queda de 3,9% comparada ao ano anterior.

Em 2018, o dólar custou, em média, R$ 3,66, com alta de 14,5% na comparação com 2017 (R$ 3,19).

As receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil chegaram a US$ 5,917 bilhões no anopassado, com aumento de 1,86% em relação a 2017. Com isso, a conta de viagens, formadas pelas despesas e as receitas, fechou o ano negativa em US$ 12,346 bilhões.

As viagens internacionais fazem parte da conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) das transações correntes, que são compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações. No ano passado, as contas externas ficaram em US$ 14,511 bilhões, um pouco mais que o dobro registrado em 2017 (US$ 7,235 bilhões).

Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o investimento direto no país (IDP), porque recursos são aplicados no setor produtivo. No passado, esses investimentos chegaram a US$ 88,314 bilhões. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, os investimentos ficaram em 4,7%, enquanto o déficit das contas externas representou 0,77%. O IDP em relação ao PIB foi o maior desde junho de 2001 (4,79%).

Já os investimentos em ações, fundos e títulos de renda fixa saíram do país em 2018. No ano passado, os investidores estrangeiros retiraram US$ 12,030 bilhões nesse tipo de aplicação. Somente as saídas de ações e fundos de investimentos chegaram a US$ 7,682 bilhões. Essa foi a primeira saída anual desde 2008 (US$ 7,565 bilhões).

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