ONG de futura ministra é acusada de tráfico de crianças indígenas

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Damares Alvez, anunciada como ministra da nova pasta das Mulheres, Família e Direitos Humanos, já reúne polêmicas e acusações. Ironicamente, em 2019 a Funai ficará sob os cuidados dela.

Ex-assessora do senador Magno Malta e anunciada há menos de duas semanas como futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves é pastora evangélica e fundadora de uma ONG acusada de tráfico e sequestro de crianças, exploração sexual e incitação ao ódio contra indígenas.

Com sede em Brasília, a Atini – Voz Pela Vida tem como uma das principais bandeiras o combate ao infanticídio. A acusação é de que a ONG teria usado um falso apelo humanitário, que é a morte de crianças indígenas, para prover tráfico e exploração sexual.

De acordo com as informações do jornal Folha de São Paulo, em 2016, a Polícia Federal pediu à Fundação Nacional do Índio (Funai) informações sobre supostos casos “de exploração sexual e tráfico de índios”. No despacho estaria a ONG de Damares e outras duas.

O principal caso do processo, ainda de acordo com informações do jornal, é o de uma indígena de 16 anos da etnia sateré-mawé que foi levada pelo tio materno e sua esposa para uma chácara da Atini em 2010, e ali engravidou de um índio de outra tribo. A criança foi colocada para adoção.

O Ministério Público pediu o retorno da criança para a mãe, que já está de volta a sua tribo, no Amazonas. A criança está sob a tutela do irmão de uma das donas da Atini, Márcia Suzuki.

Tanto a ONG quanto a assessoria da futura ministra não retornaram aos pedidos de resposta das acusações mencionadas.

Vale dizer que a Atini, entidade fundada por Damares Alves e que a teve como presidente até 2015, é alvo de ao menos três ações na Justiça pelo mesmo motivo.

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