Doria e França vão disputar o 2º turno

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Candidatos do PSDB e PSB disputarão eleição para governador de SP no próximo dia 28.

Com 100% das urnas apuradas, Doria (PSDB) obteve 31,77% e França (PSB), 21,53%% dos votos.

Após 16 anos sendo decidida no primeiro turno, a eleição para definir o governador foi para o segundo turno. A última vez foi em 2002, entre José Serra (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT).

Perfis dos candidatos

João Doria

Paulistano, nasceu em 16 de dezembro de 1957, e é filho do publicitário e ex-deputado federal João Doria e de Maria Sylvia Vieira de Morais Dias Doria.

Logo após o golpe militar em 1964, seu pai, publicitário e marqueteiro político, que se elegera deputado federal teve o mandato cassado, o que fez com que a família se exilasse em Paris por dois anos.

Aos 13 anos (1970), começa a ajudar sua mãe na fábrica. Mais tarde, por meio das relações do pai, consegue um estágio em um departamento de Rádio, TV e Cinema de uma agência de propaganda.

Fez faculdade de Comunicação Social na FAAP e logo assumiu uma diretoria na antiga TV Tupi. Depois, tornou-se diretor na Rede Bandeirantes e ficou à frente da MPM, maior agência de propaganda do país na década de 80.

Doria, casado com a artista plástica Bia, tem três filhos e publicou dois livros “Sucesso com Estilo” e “Lições para Vencer”.

Sua grande marca está no Grupo Doria, grupo de Comunicação e Marketing composto por seis empresas: Doria Administração de Bens, Doria Editora, Doria Eventos, Doria Internacional, Doria Marketing & Imagem e LIDE (Grupo de Líderes Empresariais).

Foi no LIDE, que atualmente possui 1.650 empresas filiadas e que representam 52% do PIB privado brasileiro, que Doria se consolidou líder empresarial e articulador entre os empresários.

Também atuou como Publisher da Doria Editora que publica 18 revistas segmentadas voltadas para empresários e o público de classe A, entre elas: LIDE, Caviar LifeStyle, Gabriel, Meeting & Negócios, Mulheres líderes e Oscar.

Doria foi secretário Municipal de Turismo e presidente da PAULISTUR, entre 1983 e 1986, na gestão de Mário Covas na Prefeitura de São Paulo. Posteriormente, presidiu a EMBRATUR e o Conselho Nacional de Turismo, de 1986 a 1988.

Doria concorre pela primeira vez ao cargo de governador de São Paulo. Para participar da disputa eleitoral, ele deixou a Prefeitura em abril deste ano após ficar 15 meses na função.

O tucano é afilhado político do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e foi eleito no primeiro turno em 2016 para a Prefeitura de São Paulo.

Em 2016, durante a campanha para assumir a chefia do Executivo municipal, Doria garantiu, em entrevista ao G1 no dia 21 de setembro de 2016, que se fosse eleito, cumpriria “todo o mandato”. “Serei prefeito por quatro anos e sem reeleição”, disse Doria à época.

Em seu discurso no partido, ele alegou que “São Paulo não perde um gestor, São Paulo ganha dois gestores”, argumentou.

Durante seu mandato ficou conhecido por vestir uniformes de funcionários, como de gari e pintor, por exemplo, durante a execução do Programa Cidade Linda.

Doria é réu em três ações cíveis por improbidade, propostas pela promotoria, por violação aos princípios constitucionais da administração pública e por enriquecimento ilícito.

Em uma das ações, o ex-prefeito de São Paulo é investigado por usar o slogan da sua campanha em 2016 em ações e projetos da Prefeitura, em benefício próprio e para proveito pessoal durante a gestão, entendeu o promotor Nelson Sampaio, que ingressou com o processo na 6ª Vara da Fazenda Pública.

A defesa de Doria ingressou com pedido de agravo de instrumento de decisões interlocutórias do magistrado que ainda não foram julgadas. O MP foi citado para se manifestar e a última movimentação é de 6 de setembro, com petições anexadas na 1ª Instância. O caso ainda não foi julgado.

Em outra ação, ele foi condenado, em 24 de agosto, por improbidade e supensão dos direitos políticos por 4 anos pela juíza Carolina Martins Cardoso, titular da 11ª Vara da Fazenda Pública, por usar o slogan da Prefeitura em ações pessoais. A Justiça aceitou o pedido do MP de que o uso da marca configurava “promoção pessoal do administrador público”. A assessoria disse que Doria irá recorrer da decisão.

Márcio França

Advogado, é filiado ao PSB há 30 anos, seu único partido. Começou sua carreira política como líder estudantil na Faculdade de Direito de Santos, no litoral de São Paulo. Ele foi presidente estadual do PSB e atualmente é secretário nacional do partido.

Depois de trabalhar por anos como servidor da Justiça e atuar na advocacia, Márcio França se elegeu vereador por dois mandatos seguidos na cidade de São Vicente. Em 1997, foi eleito prefeito e reeleito em 2000.

Em seguida, foi eleito deputado federal e coordenou duas campanhas para presidente da República.

Em seguida foi convidado pelo então governador Geraldo Alckmin a criar e assumir a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo. Foi convidado por Alckmin a ser vice em sua chapa da reeleição. Como vice-governador, ele assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação

Márcio França é casado há 32 anos com a educadora Lúcia e pai da pedagoga Helena e do advogado e deputado estadual Caio França. É avô de Enzo e Laura. Nascido em São Vicente e criado à beira-mar, também gosta de pescar e surfar, além de cozinhar para os amigos.

França foi condenado por improbidade por um fato ocorrido na década de 1990, quando era prefeito de São Vicente, no litoral de São Paulo. O caso refere-se a contratações de 154 funcionários, de vários cargos, em áreas ligadas à saúde, sem concurso público. As contratações foram anuladas e o Superior Tribunal de Justiça reconheceu, em 2004, que a perda da função pública a que ele foi condenado referia-se ao cargo que ocupava na época (de prefeito), sem impacto no atual cargo público que ocupa (de governador).

O Ministério Público recorreu e o caso ainda tramita no STJ. Márcio França é citado ainda em processos antigos na década de 1980 por débitos fiscais com a Prefeitura, e que foram arquivados.

Fonte: www.g1.globo.com

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