USP segue monitorando tremores em Jurupema

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Causa provável são os poços artesianos.

O Técnico em Sismologia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), da Universidade de São Paulo (USP), José Roberto Barbosa, continua trabalhando no Distrito de Jurupema, onde estão instaladas cinco estações sismológicas (para medir tremores de terra). Na terça-feira (10), o professor esteve em Jurupema para uma nova coleta de dados.

O trabalho é supervisionado pelo coordenador do Centro de Sismologia da USP, Dr. Marcelo Assumpção, e pelo Dr. Jayme Convers, Pós-doutorando em Sismologia. O professor José Roberto é responsável por todo o trabalho de campo.

Segundo José Roberto, “É muito importante, para o nosso trabalho, não só a coleta de dados técnicos, mas também os relatos dos moradores, a forma como os tremores foram percebidos por eles”.

Situação semelhante acontece em Bebedouro, onde a USP mantém outras estações sismológicas. Neste caso, a conclusão foi que a causa principal dos tremores são as perfurações de poços artesianos. Tudo indica que os tremores em Jurupema tenham a mesma origem dos tremores detectados em Bebedouro.

José Roberto asseverou ainda que “O terreno da região de Taquaritinga é primordialmente de rochas basálticas, que contém muitas fraturas, assim, quando a água dos poços se infiltra nessas rachaduras, serve como uma espécie de lubrificante, que causa uma movimentação e, consequentemente, os tremores”.

No ano passado, foram registrados vários pequenos tremores, sendo o maior deles de 2,4 graus na Escala Richter, considerado “muito pequeno”, incapaz de causar danos. A escala vai até a 10 e é utilizada em todo mundo para quantificar a magnitude de um terremoto.

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