Dia 22 de agosto dia nacional do folclore

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O Congresso Nacional Brasileiro por meio do Decreto de Lei nº 56.747, oficializou em 1965 que todo dia 22 de agosto seria destinado à comemoração do folclore brasileiro. Foi criado assim o Dia do Folclore Nacional, uma forma de valorizar as histórias e personagens do folclore brasileiro.

Assim, a cultura popular ganhou mais importância no mundo cultural brasileiro e mais uma forma de ser preservada. O dia 22 de agosto fica importante, pois possibilita a passagem da cultura folclórica nacional de geração para geração. Nesta data, também são valorizadas e praticadas as danças, brincadeiras e festas folclóricas.

O conjunto das tradições culturais dos conhecimentos, crenças, costumes, danças, canções e lendas dão noção do quanto é rico o folclore do povo brasileiro. Formado pela mistura de elementos indígenas, portugueses e africanos, a cultura popular brasileira é uma das mais diversas do mundo. Um dos aspectos mais interessantes do folclore brasileiro, porém, são os seres sobrenaturais que povoam as lendas e as superstições da gente mais simples. 

Pensando nisso reunimos abaixo uma lista com alguns dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro, que até hoje permeiam no imaginário popular:

Saci:

Este é um dos personagens mais conhecidos do nosso folclore mas, você sabe de onde ele veio? A lenda tem origem tupi-guarani e representa o saci como um menino negro e travesso de uma perna só.

Fumando um cachimbo e usando uma carapuça vermelha que lhe dá poderes mágicos, surge como um redemoinho e adora assustar os outros.

Uma curiosidade é que o saci pererê não é o único. As lendas trazem mais dois sacis, o saçurá e o trique. Entre suas travessuras, estão;  fazer a comida queimar, trançar o rabo dos cavalos e esconder objetos. Nascem de dentro dos bambus, onde vivem por sete anos. Para evitar que eles fujam, é preciso prendê-lo dentro de uma garrafa de vidro.

Iara:

A lenda da Iara ou, ainda, da Mãe d’Água tem origem no povo tupi. Iara, que significa “Senhora das Águas”, era uma bela índia que despertava a inveja de muita gente, incluindo seus irmãos. Para resolver o problema, eles o atraem para a floresta e resolvem matar a própria irmã.

No fim, Iara mata os irmãos e, como forma de punição, foi lançada no encontro entre os Rios Negro e Solimões. Desde então, tornou-se uma sereia de beleza inigualável que atrai os pescadores que navegam pelas águas através de seu canto, com o objetivo de matá-los.

É descrita como uma sereia de cabelos negros e compridos, dona de uma voz hipnotizante. Seu som agradável é o que atrai os homens desavisados.

Mula sem cabeça:

Essa já deve ter metido medo em muita gente! Reza a lenda que uma mulher que namora um padre acaba virando mula sem cabeça.

A figura sai por aí soltando fogo pelo pescoço, assustando animais e pessoas. Dizem que a mulher se transforma nas noites de quinta-feira e sai correndo pelas matas.

Curupira:

Aí, outro garotinho travesso que adora pregar peça nas pessoas. Em tupi-guarani, curupira significa “corpo de menino” e dá nome ao personagem de pés virados para trás e cabelos vermelhos. Mas, saiba que ele não prega peça em qualquer um não!

O curupira é protetor da fauna e da flora. Por isso, engana os destruidores da natureza ao assobiar e deixar pegadas com seus pés ao contrário. Malandrinho, hein? Para não ser alvo do curupira, a pessoa pode oferecer cachaça ou tabaco.

Lobisomem:

Mesmo que tenha origem européia, acabou sendo incorporada ao nosso folclore. Suas várias versões dão diferentes origens ao violento ser de formas humanas e lobo que aparece em encruzilhadas nas noites de lua cheia. Antes de voltar a ser humano com o amanhecer, o lobisomem sai em busca de alimento ou, sangue.
Algumas versões dão conta de que o lobisomem aparece como o oitavo filho após o nascimento de sete mulheres. Ou, ainda, que crianças não batizadas podem virar lobisomem.

Boitatá:

Mais uma de origem tupi-guarani, mas, que recebe diferentes nomes de acordo com a região. Por isso, você pode conhecer essa lenda como Baitatá, Biatatá, e Bitatá. Seu nome significa “cobra de fogo” na língua daquele povo indígena e uma serpente de fogo dá corpo a este personagem. A figura protege as matas e animais.

Escritos do Padre José de Anchieta, no século XVI, deram origem à lenda mas, a narrativa sofreu modificações ao longo do tempo e conforme a região. Dizem que a pessoa que olha, diretamente, nos olhos do Boitatá fica cega.

Corpo-seco:

Assombração que assusta as pessoas nas estradas. Quando vivo, era um homem muito malvado que só fazia coisas ruins, prejudicando e maltratando, até mesmo, a sua mãe.

Era tão mal que, quando morreu, foi rejeitado pela terra e, assim, passou a viver como uma alma penada.

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