Nossa Palavra – O direito de ir ou não ir

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O prefeito Vanderlei e seu âncora Édson Luís Cândido misturaram alhos com bugalhos no programa Prestando Contas do último sábado (1) na emissora do chefe do Executivo. Na ânsia de puxar a brasa para sua sardinha, ficou pior o soneto que a emenda. Ao criticar a maioria dos vereadores que fez ouvidos moucos a inauguração do importantíssimo braço da Baldan Agroindústria na sexta-feira (31) em Taquaritinga o alcaide mostrou a fragilidade de seu governo. Como se sabe, apenas dois edis se fizeram presentes ao ato: o líder do governo na Câmara e o antigo líder. Ao lançar mão do estilingue para atirar pedras na oposição, Mársico escorregou na maionese. Demonstra o quão dividida está sua administração e leva em seu bojo uma falta de unidade que causa espécie. Taquaritinga nunca prezou por um só coração, embora seu dístico no brasão de armas divulgue tal divisa. O coração da Cidade sempre esteve repartido (tanto é que já houve pleito em que a diferença de votos beirou os 4 votos). Então o chefe do Executivo e o próprio Cândido – como bons filhos da terra – já deveria estar acostumados a esses dissabores. Não fosse senão que “pegou mal” para os ilustres visitantes o primeiro dia de cortesia dos matonenses. Fica parecendo que estamos num Município disputado por verdadeiro cabo de guerra, onde cada grupo puxa para um lado. Ao chamar seus adversários de “Três Patetas” ou até mesmo de “vermelhinhos” perante o público boquiaberto, o burgomestre confere ao seus desafetos um poder que eles não tem. Por assim dizer. Não tem tantas balas na agulha quanto se imagina. Imagina-se que estamos lutando contra moinhos de vento imaginários, como se fôssemos D. Quixote de La Mancha e seu eterno companheiro Sancho Pança. Quem ouve o primeiro mandatário da Cidade aos sábados nas ondas sonoras de sua rádio assusta-se. Fica a impressão de que estamos em permanente estado de guerra. Um tipo de Iraque em pleno interior paulista, onde geograficamente já se denominou “Califórnia brasileira”. Nem imagina o visitante que Taquaritinga é uma terra adorável, acolhedora e gentil. Que quem bebe da nossa água jamais esquece e volta sempre para dar um abraço nos amigos e irmãos. Ao se confraternizar com todos e com tudo, a nossa população mostra o rosto da solidariedade e não do ódio. Quem estiver no quadrilátero central numa noite de Carnaval, não perceberá – tenham certeza – que existe algum tipo de rinha política ou rincha política na esquina do lado de lá. Estarão todos irmanados na mesma folia, no bloco pelo bem da Cidade. Ou mesmo, digamos assim, num grito de gol nas arquibancadas do Taquarão. Nossa “Cidade Pérola” é muito mais do que as picuinhas que se digladiam nos balcões dos botecos do Município. Quando já conquistamos um potente braço metalúrgico, estamos prestes a ganhar um hipermercado de primeiro mundo e ainda podemos voltar a ter importante loja de departamentos numa cajadada só, temos que render louvores aos céus. Como já dissemos em passado não tão distante, ninguém é obrigado a ir aonde não quer. Democracia existe para isso mesmo. É o direito de ir ou não ir. O prefeito Vanderlei tem que aprender com os contrários. Convivamos todos!

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