Nossa Palavra – O ventilador está rodando

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O prefeito de Taquaritinga mais uma vez azedou a maionese preparada tão ao gosto popular pela Câmara de Vereadores e pelo Sindicato dos Servidores Municipais. O objetivo era o de explicar o projeto de reestruturação do funcionalismo, mas falhou quando ficou só na etapa dos Serviços Municipais (Almoxarifado). Ao apresentar só uma das etapas, a matéria granjeou uma enorme antipatia por parte de outros servidores (da Saúde e da Educação, por exemplo). E o vice-prefeito Luiz Fernando Coelho da Rocha saia disso. Tanto sabia que falou na emissora do senhor prefeito um dia depois da audiência pública, convocada pelo presidente da Câmara, Sr. José Roberto Girotto, que alegando exames específicos de sangue, não compareceu à reunião onde era aguardado e que, por si só, poderia definir o futuro dos servidores públicos municipais. Girotto deveria estar lá comandando a massa e balançando o correto.
Não estava. Deixou o vereador Marcos Marona (o popular Bonilla) mais perdido do que cego em tiroteio, tanto é que a audiência foi apresentada pelo Tonhão da Borracharia. Não que Tonhão seja analfabeto ou massa de manobra (como o presidente Bolsonaro costuma impingir nos outros), mas faz parte (ou já fez) da oposição ao prefeito Vanderlei, tanto é que já foi designado inclusive pelo atual alcaide de “Os 3 Patetas” (Rodrigo de Pietro, Caio Porto e o próprio Tonhão da Borracharia). Sem representante de peso (tirando a verborragia latente de Gilberto Junqueira), o opositor Rodrigo de Pietro – agora chamado pelo próprio prefeito de “inimigo número um da cidade”- entrou na área da audiência pública livre de marcação para marcar um golaço. Contou para isso, aliás, com dois companheiros de time: o advogado e ex-vereador Dr. Valmir Carrilho Marciano e o funcionário público (motorista de ambulância) Gilberto Paulino – o popular “Chicletão”, que falou em nome dos servidores. E não falou asneiras. Vanderlei Mársico não gostou e soltou os cachorros no trio. Só que não é assim que funciona o diálogo: é tese e antítese que provoca a síntese.
O chefe do Executivo não soube definir estrategicamente sua equipe em campo e ficou a ver navios, exposto a uma saraivada de farpas do funcionalismo e dos vereadores. Aí o prefeito foi na sua emissora e desandou a falar mal de seus oponentes. Chegou a dizer que a audiência tinha sido improdutiva. Não foi, por sinal! Então, convenhamos, se o burgomestre ficou com tanta raiva, porque o próprio não compareceu ao encontro aberto e democrático? Já o próprio vice Luiz Fernando também falou que não foi porque ninguém o convidou. Fica, porém, a pergunta que não quer calar: e precisa? Ele é uma autoridade pública! Tanto é que estiveram presentes, entre outros da Municipalidade, o assessor Édson Luiz Cândido, e o chefe de Gabinete Dr. Félix Pereira Marques e ninguém chiou. Espera-se, numa dessas, que ,na assembleia de terça-feira (21), as coisas tenham sido diferentes, mais definidas. Se os servidores aprovaram os 4% de aumento salarial, o reajuste fica de bom tamanho para eles. Nós pensamos assim. Não adianta o prefeito e sua patota espernear na imprensa. Ou então façam que nem o presidente Bolsonaro, que responde por seus atos através das redes sociais (na maioria das vezes para defender seus filhos nos imbróglios em que se metem).
No caso das terras conterrâneas, o prefeito Vanderlei não tem que defender ninguém. Antes, contudo, tem que investir. Corajoso e destemido. Não é hora de recuar, a hora é de avançar. A cidade vai dar certo sim!

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