Nossa palavra – Ressurreição

Compartilhe esta notícia:

A Páscoa simboliza o maior ato da fé cristã. É a vitória da vida sobre a morte, da luz sobre as trevas. A morte de Jesus na cruz sob o Calvário revela o sacrifício que todos devem partilhar para alcançar a vida plena. Cristo não nos prometeu um mar de rosas. O caminho é cheio de espinhos, tortuoso e com obstáculos e empecilhos, Ao encaminharmos ao lado do bem, sofremos revezes amargos. As vitórias são poucas, mas o prazer de vencer revela uma satisfação garantida. Encontramos injustiças e ingratidões pela estrada, mas elas não representam a vontade de Deus Pai. Estão sempre à espreita do ser desprezível, cheio de inveja, orgulhoso, materialista, que são presa fácil do inimigo.

Páscoa não, é a confraternização do amor e da paz. Por isso, Páscoa é família, comunhão entre os irmãos, doação ao próximo. Onde estiver o egoísmo (e hoje em dia ele habita na maioria das casas) a ausência de Deus será sentida em todos os momentos. A injustiça – esse fruto do capitalismo selvagem – é um pesado fardo na consciência cristã. Não existe pior conselheira do que a fome. Ao pregar a partilha do pão, Jesus tenta corrigir uma injustiça social que vem de milênios. Aqui mesmo, neste abundante país, o índice de miséria está aumentando de maneira vertiginosa, quase numa espiral inflacionária. Tudo por causa do egoísmo de cada um de nós, do individualismo que impera, da corrupção que se multiplica.

Ao morrer na cruz, Cristo mostrou que devemos morrer pelo bem-estar da coletividade, para que a semente floresça e vire árvore e dê bons frutos. Não adianta vivermos em orações, e bradarmos aos quatro cantos: Senhor, Senhor”. Quase sempre se perderão aos ventos das montanhas, são apenas palavras vazias se não virem acompanhadas de ações práticas e concretas. O sofrimento de Jesus não deve ser em vão e devemos segui-lo. Afastar o peso da discórdia, do ódio, da perseguição é uma tarefa hoje dos bons cristãos. Abraçar a solidariedade, o altruísmo e a fraternidade entre as ideologias e as religiões será a nossa lição de casa. E não existe instante melhor do que a Ressurreição, a prova maior de que Cristo vive e está entre nós, para empreender a evangelização entre todos.

A celebração da Páscoa do Senhor é um momento sublime para a comunhão do pão e do vinho, do amor ao próximo. E o desejo da fraternidade e do perdão, como Jesus, desfalecido, bradou na Cruz: “Perdoai-os, Senhor, eles não sabem o que estão fazendo!”. Tantos mil anos se passaram e até hoje a humanidade não sabe o que está fazendo. Destrói o meio ambiente, polui os rios, contamina o ar que respiramos. Infelizmente, poucos são os que atentam aos sinais do tempo, mas a Natureza é sábia, responde a cada agressão que sofre. Revida ao desmatamento com uma justeza britânica e não afrouxa pensamentos hipócritas. Na época de Cristo, a hipocrisia imperava entre os juízes e os donos das leis. Jesus combatia isso, até expulsou os vendilhões do templo, afirmou “Daí a César o que é de César” e perdoou Maria Madalena, prestes a ser apedrejada pela multidão. Foi quando Jesus falou: “Quem nunca pecou que atire a primeira pedra”. Nesta Páscoa dê seu perdão aos humilhados, aos ladrões, aos mendigos, aos ruins de coração. Todos merecem participar da comunhão, da ceia do Senhor.

Ao expirar na Cruz, Cristo dá seu último suspiro em defesa da paz e amor. Além de ressurreição, Páscoa significa reconciliação. Reconcilie-se você também com Deus Misericordioso, esperança de vida em nosso coração! Uma ótima e santa Páscoa aos leitores, patrocinadores e colaboradores. Que as bênçãos do Senhor Jesus caia sobre todos nós.

Compartilhe esta notícia: