Acidentes com gás: Férias escolares é época de redobrar os cuidados em casa

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Especialistas alertam sobre como evitar casos de vazamentos e acidentes nas residências.

O gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, é utilizado em milhares de lares brasileiros. Na maior parte deles, o gás fornecido é armazenado em botijões, em geral, instalados dentro das residências. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar (CBM), quando em condições ideais, esse tipo de instalação é segura e não oferece riscos ao consumidor.

Para evitar que acidentes aconteçam, o tenente do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, Everton Godói, afirma que os usuários precisam estar atentos às instruções corretas na hora da compra, instalação e manutenção do botijão. O cuidado ainda precisa ser redobrado nesta época do ano, quando as casas costumam estar cheias de crianças, em férias.

Entre as principais prevenções, uma das mais importantes é saber da procedência do botijão de gás, já que há muitas revendas clandestinas atuando no país e a maioria tenta adulterar a quantidade de gás, para lucrar mais, violando o conteúdo do botijão, o que pode causar danos e consequentes vazamentos.

“É importante adquirir o botijão de um revendedor certificado de confiança e verificar, sempre, as condições de conservação, se possui alguma área enferrujada ou amassada, e ver se há no lacre, que é o selo de garantia do produto alguma violação. Se perceber qualquer irregularidade, exija a troca imediata”, afirma o tenente.

Como comprar o botijão de gás com segurança?

Muitas pessoas ainda se arriscam a comprar botijões de revendas clandestinas mesmo sabendo sobre sua procedência irregular. Sem autorização da ANP para operar, os botijões não cumprem requisitos de segurança e basta um pequeno vazamento para transformá-lo em uma bomba-relógio.

“Muitas vezes, você pode encontrar um botijão mais barato exatamente porque não passou pelos processos da ANP, que tem padrões de segurança em relação ao lacre, estocagem, entre outros. Um botijão sem esse processo gera riscos para o consumidor, que pode acabar, por exemplo, levando um produto mais vazio ou até mesmo com grande risco de acidentes, principalmente quando estocados em locais inadequados. Por isso a importância de saber de onde vem o botijão”, alerta Otávio Tranchesi diretor de marketing do Chama, aplicativo que reúne revendedores de botijões de gás a consumidores.

Todos os revendedores do Chama, sem exceção, são autorizados pela Agência Nacional do Petróleo e por isso seguem as mais rígidas normas de qualidade e segurança. Este fato dá ao consumidor a garantia de estar comprando um produto em perfeito estado e pelo melhor preço, já que a ferramenta possibilita esta vantagem.

Instalação e manutenção são fundamentais

Realizar a instalação corretamente é outra medida fundamental para prevenir acidentes. Importante escolher o local certo: evite áreas próximas a bueiros, buracos ou ralos e fontes de calor, inclusive o sol. Se há dúvidas ou medo na hora de mexer na válvula de instalação, peça para que alguém que conheça o procedimento realize a instalação. Fazendo com as próprias mãos, ou terceirizando, é fundamental realizar (ou exigir a realização) do teste de vazamento.

“Basta passar uma esponja com sabão ou detergente ao redor da válvula, na mangueira. Se houver a formação de bolhas ou espuma na esponja, é porque há vazamento e o botijão precisa ser reinstalado, ou trocado”.

Outra dica: a cada cinco anos, é preciso trocar a mangueira de instalação. Também não vale querer tirar leite de pedra: se a intensidade do fogo diminuiu, significa que o gás está acabando mesmo. “Nada de virar o botijão, bater ou tentar improvisar. É hora de comprar outro”, finaliza.

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