Brasil assume meta de reduzir açúcar em alimentos industrializados

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Medida visa melhorar a conscientização da população na busca de alimentos mais saudáveis e evitar várias doenças.

Na última segunda-feira (26), o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, e os presidentes de associações do setor produtivo de alimentos assinaram um acordo para reduzir 144 mil toneladas de açúcar de bolos, misturas para bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoitos recheados.

Ao estabelecer a meta até 2022, o País será um dos primeiros do mundo a fazer acordo com a indústria para a redução do açúcar em industrializados. O acordo segue o mesmo parâmetro do feito para a redução do sódio, que foi capaz de retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos.

A primeira análise será realizada no final de 2020 e a cada dois anos o monitoramento da redução será feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Fazem parte do acordo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (ABIR), a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados (ABIMAPI) e a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos).

Considerando os produtos com maior quantidade de açúcar, os biscoitos e produtos lácteos terão os maiores percentuais para redução do alimento, com a meta de retirar 62,4% e 53,9% de açúcar da composição, respectivamente. Para bolos, o objetivo é de até 32,4% e para as misturas para bolos, até 46,1% do teor de açúcar. Já os achocolatados têm como meta cair até 10,5% e as bebidas açucaradas até 33,8%.

A título de conhecimento, os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dado bem alarmante em relação às possíveis doenças que são desencadeadas pelo consumo do açúcar, além do sobrepeso.

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