Lava-Jato manda prender Governador do Rio de Janeiro

Compartilhe esta notícia:

Carros da PF saíram com Pezão do Palácio Laranjeiras às 7h35 desta quinta-feira.

Após prenderem dez deputados estaduais acusados de corrupção nas últimas três semanas, agentes da Polícia Federal e procuradores da República voltaram às ruas na manhã desta quinta-feira (28) para cumprir ao menos nove mandados de prisão, cujo principal alvo é o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.

O ministro e relator do caso, Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também relatou a Operação Quinto do Ouro, a qual prendeu cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) em março de 2017, foi quem deu a ordem para esta nova fase da Lava-Jato.

Os carros da PF saíram com Pezão da residência oficial do governador, no Palácio Laranjeiras, às 7h35, em direção à sede do órgão, na Zona Portuária da cidade. O governador não estava algemado e permaneceu sentado no banco traseiro do segundo carro do comboio.

O secretário de Obras do Rio, José Iran, operadores financeiros ligados ao governador e o ex-secretário de Obras Hudson Braga também são alvos de um dos 30 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STJ e enquadrados na ação, denominada Boca de Lobo.

Pezão é investigado no STJ, que tem a competência para atuar em crimes envolvendo governadores, por envolvimento na “propinolândia” comandada no estado pelo ex-governador. A operação tem como base a delação do economista Carlos Emanuel Carvalho Miranda, ex-operador de Cabral e delator premiado.

Em sua colaboração à Justiça, Miranda acusa o atual chefe do Executivo de receber do esquema uma mesada de R$ 150 mil de 2007 a 2014. O delator acrescentou que a propina a Pezão, na época vice-governador, incluía décimo terceiro salário e dois bônus, cada qual no valor de R$ 1 milhão.

Outra revelação de Miranda envolve Pezão com os empreiteiros responsáveis pela instalação de placas de energia solar nos postes ao longo dos 72 quilômetros do Arco Metropolitano, que custaram ao governo do estado R$ 96,7 milhões, mais de R$ 22 mil por unidade. Ele disse que recebeu ordem de Cabral para pagar R$ 300 mil à empresa High End, especializada em painéis solares, como remuneração por serviços prestados na casa de Pezão em Piraí.

Compartilhe esta notícia: