Brasil apresenta baixa porcentagem de alunos carentes que aprendem o nível aceitável em Ciências

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OCDE aponta o resultado brasileiro como um dos piores entre os quase 70 países analisados.

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 2,1% dos alunos carentes no País conseguem atingir o nível de bons conhecimentos em Ciências, Matemática e Leitura.

A divulgação aconteceu na última terça-feira e refere-se à estatística percentual de alunos que atingiram o nível três ou acima, entre os seis existentes, do teste Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), realizado com alunos de 15 anos.

A OCDE considera que o desempenho abaixo do nível 2 (conhecimentos rudimentares e com poucas análises e interpretações) representa dificuldades escolares e, no futuro, possa apresentar problemas no mercado de trabalho e na evolução social.

O resultado do Brasil é um dos piores nesta questão social entre os cerca de 70 países participantes do estudo.

O País fica atrás da Colômbia, Costa Rica, Geórgia, Romênia e Trinidade e Tobago.

O resultado brasileiro ultrapassa apenas o do Peru, Argélia, Indonésia, Jordânia, Kosovo, Líbano, Tunísia e Macedônia.

As desigualdades escolares já são visíveis a partir de dez anos de idade. Para a OCDE, é fundamental que a pré-escola seja desenvolvida, permitindo acesso cedo à escolarização, principalmente no caso de crianças carentes.

Existe uma forte relação entre o perfil socioeconômico da escola e os resultados dos alunos.

A organização recomenda que seja reduzida a concentração de estudantes de famílias de baixa renda nos mesmos estabelecimentos de ensino e enfatiza a necessidade dos governos encaminharem recursos focados para os alunos e escolas de áreas desfavorecidas.

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