Outubro Rosa: Mitos e verdades sobre o câncer de mama

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Neste ano, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou quase 60 mil novos casos da doença.

Com grande incidência entre o público feminino, o câncer de mama é a quinta maior causa de morte.

A doença, embora bastante comentada, ainda envolve algumas crendices a respeito. Para desmitificar alguns conceitos equivocados, segue algumas informações:

  1. Câncer de mama só aparece em quem tem histórico familiar

Mito

A maioria das mulheres acometidas pelo câncer de mama não tem familiares com a doença.

O histórico familiar pode influenciar quando há diagnóstico em parentesco de primeiro grau (mãe, irmã ou filha). Outro fator que influencia é quando o tumor apareceu antes dos 40 anos.

Nesses casos, o público feminino deve redobrar a atenção e procurar o médico para a orientação da conduta adequada, inclusive com a realização de rastreamento genético.

Tabagismo, obesidade, alcoolismo e envelhecimento são os principais fatores de risco para a doença. Daí a necessidade das medidas preventivas.

  1. Câncer de mama é uma única doença

Mito

São vários os tipos e cada um tem nome e sobrenome.

Há desde os tumores restritos à mama até aqueles que escapam para outros tecidos. Dentre tantas peculiaridades, existem os que crescem de maneira rápida e os que se desenvolvem lentamente.

  1. Desodorante pode causar câncer de mama

Mito

É provável que o boato começou devido a presença de sais de alumínio nas formulações dos antitranspirantes (inibem a transpiração). Porém, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) assegura que não existe associação entre o tumor e a substância.

Acredita-se que os desodorantes, por serem aplicados na axila, região próxima ao tecido mamário, possam prejudicar, mas não há evidências científicas que comprovem a relação.

  1. Amamentar protege contra o câncer de mama

Verdade

A amamentação protege a mulher, especialmente se a gestação for antes dos 30 anos. Além disso, quanto mais prolongado o período de aleitamento, maior a proteção.

O benefício acontece porque a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e a exposição a certos hormônios femininos que podem estar relacionados ao surgimento de tumores, a exemplo do estrógeno.

Apesar disso, é importante dizer que amamentar não determina estar livre da doença.

  1. Se a mulher realizar o autoexame todos os meses, não precisa fazer mamografia

Mito

Embora necessário para um diagnóstico precoce, o autoexame, na maioria das vezes, não é capaz de flagrar o início de um tumor na fase em que as lesões são muito pequenas.

A mulher, na palpação, consegue identificar caroços maiores.

Sendo assim, a mamografia é fundamental para o diagnóstico precoce e deve ser realizada por todas após os 40 anos de idade.

Atentar-se as diferenças entre o tamanho dos seios, alterações nos mamilos e na pele da mama, inchaços incomuns na área, presença de secreções ou mesmo sangue, pode ser um dos sinais que indicam a doença.

  1. O câncer de mama pode ser causado por um trauma nos seios

Mito

Bater os seios não desencadeia o tumor. As células malignas não vão se multiplicar de maneira desenfreada devido a um trauma.

Todavia, os machucados e hematomas devem despertar a atenção da mulher para essa região do corpo e observar se há nódulos já existentes.

  1. Câncer de mama pode ter cura

Verdade

O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura.

Deve-se levar em consideração que cada paciente é única e depende das diferenças entre os tipos de tumor na mama.

Vale lembrar que, mesmo os casos identificados sem cura, os avanços da área oncológica e as variadas opções terapêuticas, proporcionadas pela tecnologia e medicamentos, possibilitam o controle da doença e proporcionam qualidade de vida.

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