Nossa Palavra – Taquaritinga: 126 anos de Emancipação Político-Administrativo

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A Cidade Pérola da Araraquarense – uma joia incrustada nas serras de Jaboticabal – festeja na próxima quarta-feira (16) seus 126 anos de emancipação político-administrativa. Romântica e idealista, Taquaritinga viveu sonhos de nobreza quando – de armas em punho – defendeu a permanência da Monarquia no Município por 24 horas (agosto de 1902). Determinada e aguerrida, Taquaritinga se uniu num só coração e construiu o Estádio Municipal Dr. Adail Nunes da Silva (o Taquarão) em 90 dias. Foi um trabalho duro a construção de todo um passado.

Ao longo de seus 126anos, a ser completados na quarta-feira, Taquaritinga conviveu com a destruição e, ao mesmo tempo, a preservação de alguns de seus patrimônios. Enquanto bens como o Cine São Pedro hoje são preservados – apesar de o próprio ainda continuar fechado – parte da história se perdeu junto com a demolição de imóveis como o antigo Cine São Benedito.

Esse misto de cenário de criação e destruição compõe um capítulo da historia de Taquaritinga que, oficialmente, em 8 de junho de 1868, quando houve a aceitação legal das doações de terra para fundar o arraial que originou a então Vila de São Sebastião do Ribeirãozinho.

Nessa trajetória, o município “peregrinou” e foi incluído como Distrito de Ribeirãozinho (1880), pertenceu à comarca de Jaboticabal, e até se cogitou a mudança de nome, mas os debates evoluíram até a denominação de Taquaritinga.

Com o desenvolvimento do setor agrícola (principalmente o tomate), a Companhia Araraquarense de Estradas de Ferro (EFA) se instalou na cidade e a economia ganhou um novo impulso, que durou principalmente até 1929, quando a quebra da Bolsa de Nova York quase dizimou a economia local.

A Araraquarense foi responsável por transportar estrangeiros, principalmente italianos, que passaram a desembarcar na Estação e os japoneses, que aportaram na cidade em 1908.

Hoje Taquaritinga é referência em muitos setores, mas outros ainda carecem de tratamento preferencial. É assim com o agronegócio – que muito patina e pouco percorreu, a cultura (que não explora seus caminhos naturais e populares), a tecnologia, mesmo tendo uma rede de nível superior.

Mesmo assim, todavia, foram 126 anos de conquistas e nós nos sentimentos orgulhosos de fazer parte delas.

Com o lema Um Só Coração os taquaritinguenses mantém as suas tradições, principalmente na Educação, onde possuímos uma antiga e regionalmente famosa Escola de Música (Conservatório): a Escola Técnica de Arte Municipal (Etam) Santa Cecília. No Esportes – o Clube Atlético Taquaritinga (CAT),  fundado em 1942. A “casa” do time, o Estádio Municipal Dr. Adail Nunes da Silva (o Taquarão), com capacidade máxima de aproximadamente 30 mil pessoas, foi construído em apenas 90 dias com ajuda e esforço de toda população. Na Cultura, a cidade é reconhecida nacionalmente pelo “Batatão”, famoso trio elétrico, e pelo bloco que deu origem ao trio, o Batata Doce.

Taquaritinga tem muitas personalidades de destaque espalhados no território nacional, entre eles Edmílson (zagueiro pentacampeão da Seleção Brasileira); Washington Maguetas (pintor impressionista); José Paulo Paes (poeta, escritor e tradutor); Genésio de Barros (ator global); Augusto Nunes (jornalista de Veja e da Rádio Jovem Pan); e MarjorieSalvagni (artista plástica).

Devemos preservar o registro histórico e documental de nossas origens e hoje, 126 anos depois, nos auxilia a compreender os acontecimentos de um século atrás, na antiga Vila São Sebastião do Ribeirãozinho – hoje Taquaritinga. Devemos voltar ao passado para resgatá-lo e assim entendermos as raízes do nosso presente e da projeção do futuro melhor que haveremos juntos de construí-lo. Uma Taquaritinga melhor é possível.

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