Artigo: Justiça para professores e funcionários estaduais

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Welson Gasparini*

Usei a tribuna da ALESP para, a exemplo do que fiz em relação à internacionalização do aeroporto Leite Lopes para o transporte de passageiros e cargas, levantar uma outra questão fundamental junto ao novo governador de São Paulo: justiça salarial dos funcionários públicos estaduais e valorização dos professores. Como o governador Marcio França assumiu há pouco tempo, certamente está fazendo sua programação administrativa e, dentro dela,  enfocando a questão do funcionalismo.

Em vários setores da administração estadual há, realmente, a necessidade de uma revisão nos salários, mas, em especial, a do magistério para a qual clamo por uma atenção especial. Mesmo porque, sem dúvida alguma, a missão do professor é de grande importância se quisermos realmente modificar a situação trágica vivida pela  Nação brasileira; na  realidade, as escolas representam a sequência da educação familiar.

Hoje, infelizmente, nas famílias está faltando muito esse processo educativo porque, em grande parte, o pai e a mãe trabalham e chegam cansados em casa à noite inexistindo, assim, amplo diálogo ou ensinamento para com os filhos a fim de prepara-los, efetivamente, para exercerem as suas atividades no mundo atual.

Por isso, mais do que nunca, é importante a ação dos professores e das escolas; para isso, eles devem ser  valorizados. Escrevo isto à vontade porque sou advogado, mas sou também professor, inclusive tive a oportunidade de ser presidente do Centro do Professorado Católico de Ribeirão Preto, ocasião na qual senti bem de perto a importância do professorado na vida do nosso País.

Então, eu pediria ao Governador de São Paulo – quando analisar a situação do funcionalismo estadual – não se esquecer de ver com carinho especial a dos professores, merecedores de reconhecimento face à importância da educação dentro do processo de desenvolvimento do nosso país.

Fico também à vontade porque, quando prefeito de Ribeirão Preto, eu tive a honra de poder dizer: os professores municipais recebiam os melhores salários, acima dos recebidos pelos  professores estaduais e pelos  professores das escolas privadas. Demos assim, dessa maneira, um reconhecimento oficial à importância do magistério dentro do processo administrativo público.

Então, eu fiz esse pedido – e reitero-o agora – para o governo do estado de São Paulo: ao analisar a situação do funcionalismo em geral, na primeira oportunidade de reajustes salariais, não se esquecer  de dar uma prioridade para os professores estaduais. Eles merecem um carinho, uma atenção especial, porque deles depende o progresso e o desenvolvimento do nosso país dentro daqueles critérios éticos e morais tão indispensáveis na construção de um mundo melhor.

*deputado estadual (PSDB), advogado e ex-prefeito de Ribeirão Preto.

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