Março Lilás – mês de conscientização sobre o câncer de colo do útero

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Com 1.940 novos casos, câncer de colo do útero está entre os mais comuns entre as paulistas em 2018.

Com 9,97 novos casos para cada 100 mil mulheres, a região Sudeste registra a quarta maior prevalência de câncer de colo uterino no país. Principais medidas preventivas são o Papanicolau, disponível nos laboratórios do SalomãoZoppi Diagnósticos, e a vacina contra o vírus HPV

Muitas doenças têm diferentes causas. Com o câncer de colo do útero, no entanto, há um maior vilão mais do que revelado. O DNA do vírus HPV é encontrado em mais de 99,7% das pacientes que desenvolvem tumores malignos no colo do útero. Essa informação, disponível no Pathology Outlines: www.pathologyoutlines.com/topic/cervixSCC.html, reforça a importância da vacina anti-HPV quadrivalente, disponível na rede pública gratuitamente para meninos e meninas de 9-14 anos e para as demais faixas etárias em clínicas de vacinação.

Em 2018, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 1.940 novos casos de câncer de colo do útero serão registrados no Estado de São Paulo. Esse dado representa que 9,97 entre cada 100 mil mulheres da região Sudeste devem receber o diagnóstico da doença este ano. Trata-se do terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no mundo.

De acordo com a médica ginecologista do SalomãoZoppi Diagnósticos, Adriana Campaner, é fundamental orientar a sociedade sobre a importância de se vacinar meninos e meninas antes do início da atividade sexual; no entanto, as pessoas que já tiveram HPV também devem receber a vacina. “Vírus HPV e câncer de colo do útero é a mais íntima relação entre uma causa e uma doença. É uma associação até mais evidente do que ocorre entre tabagismo e câncer de pulmão”, observa.

A vacina quadrivalente imuniza contra os HPVs dos tipos 16 e 18 (que são responsáveis por cerca de 7 entre 10 casos de câncer de colo do útero) e dos tipos 6 e 11 (que causam 9 entre 10 casos de verrugas genitais). Conforme comentado acima, a mesma mais indicada para as meninas que ainda não iniciaram a vida sexual, por não terem se exposto ao vírus, é também recomendada para outras faixas etárias”, acrescenta Adriana.

Apesar da eficácia da vacina, há mitos que dificultam a adesão às campanhas de vacinação. Segundo a médica ginecologista, a vacina contra os HPVs de alto risco é uma medida urgente e, também, segura. “São raros os casos em que há efeitos colaterais e eles não costumam ser severos”, afirma.

PCR e o diagnóstico do tipo de HPV – A maioria das mulheres terá algum contato com o vírus HPV ao longo da vida. Mas isso não é motivo para alarde. Estima-se que 9 entre 10 destas mulheres apresentará uma imunidade natural e, portanto, apenas 10% apenas estarão em risco de desenvolver as lesões pré-câncer e o câncer. Em meio a esse cenário, desponta o teste de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR), que possibilita fazer a tipologia do HPV, apontando se a paciente é positiva para algum HPV de alto risco.

O teste de PCR investiga a presença do vírus de alto risco, o que tornaria a paciente mais suscetível a desenvolver câncer. “O teste de PCR, quando identifica a presença de um HPV oncogênico, abre um importante caminho para o diagnóstico precoce de câncer de colo do útero”, complementa Adriana Campaner.

Para as mulheres que iniciaram a vida sexual, explica a especialista, as demais alternativas para prevenir o câncer de colo de útero são o uso de preservativo nas relações sexuais e a realização periódica de exame de Papanicolau. “A avaliação com o ginecologista permite identificar e tratar lesões menos agressivas, seja em uma fase pré-câncer ou um câncer em fase inicial”.

Vacinação dos meninos – A vacina quadrivalente contra o vírus HPV é indicada também para os meninos. Os HPVs de alto risco estão também relacionados com tumores de garganta, pênis e ânus. Além disso, ao se imunizar ambos os sexos, quebra-se totalmente a cadeia de transmissão.

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