Safra de laranja terá produção de 374 milhões de caixas

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O novo número tem como base o monitoramento de 900 talhões a partir da estimativa inicial

A mais recente estimativa da Fundecitrus é de que 374 milhões de caixas de laranja, de 40,8 quilos cada, seja a produção da safra 2018/2018. O número do estudo publicado é 2,63% maior do que a estimativa inicial do plantio que era de 364,47 milhões de caixas. Os dados levam em consideração o cinturão citrícola que engloba cidades paulistas e mineiras.

O novo número tem como base o monitoramento de 900 talhões a partir da estimativa inicial. Apesar da seca dos últimos meses, o crescimento da safra teria sido provocado pelas chuvas que ficaram acima no período de abril a junho deste ano. O volume de água resultou em aumento do peso das laranjas no comparativo com a expectativa inicial e como consequência, houve redução do número de frutos necessários para compor uma caixa de 40,8 quilos. Dados da Somar Meteorologia mostram que a precipitação acumulada no período teria sido de 429 milímetros em média em todo cinturão citrícola, o que corresponde a um volume 173% maior do que a média histórica que leva em consideração os anos de 1961 a 1990.

As laranjas das variedades Hamlin, Westin e Rubi estão com 277 frutos por caixa, sendo que na estimativa anterior, a projeção apontava para 310 frutos por caixa. As outras variedades foram estimadas também com número menor de laranjas. A previsão é de 251 frutos por caixa, contra 257 frutos por caixa,que haviam sido previstos inicialmente.

O tamanho médio dos frutos, considerando todas as variedades, é de 259 frutos por caixa, enquanto o número projetado em maio era de 265 frutos por caixa. A taxa média de queda na laranja quando se leva em consideração todas as variedades, foi estimada para 18,25%, sendo que o número projetado em maio era de 18,50%.

O coordenador do trabalho Vinícius Trombin aponta que o número elevado de frutos encontrados no chão nesta safra pode levar a falsa impressão de que a taxa de queda está acima da normalidade. “Não há nenhuma evidência nesse sentido. É preciso considerar que a taxa é uma fração do número de frutos existentes na árvore em abril, isto é, no início da safra, e as árvores, por sua vez, estão muito mais carregadas nesta safra do que na passada”, explica Trombin.

Quando se analisa a colheita dos frutos, aproximadamente 75% da safra das variedades
Hamlin, Westin e Rubi já estavam colhidas em meados de julho. Em agosto, a colheita dessas variedades chegou a 93% e das outras variedades, mais precoces, atingiu 73%. Para a Pera Rio, estima-se que apenas 27% da produção já tenha sido colhida. No caso das variedades tardias, estima-se que somente 8% da produção de Valência e Valência Folha Murcha já foi colhida, e 5% da Natal.

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