Unidade na diversidade

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Estamos entrando no mês de aniversário da Cidade. Bom tempo para se prestar contas do que foi feito nestes sete meses de governo. A população está cobrando e – todos sabem – é imediatista. Quer saber, por exemplo, como vai ficar o prédio do Cine São Pedro (e o próprio Calçadão que o atual prefeito jura de pés juntos que foi colocado do lado errado). Pessoa do alto escalão da gestão municipal disse que a administração começa a respirar agora. Ao colocar o nariz para fora da água é que ela doravante estabelecerá as prioridades. Até agora – comentou – o governo da Cidade apenas tratou de apagar incêndios.

Não foi bem assim. Ao mesmo tempo que obras não foram sequer inauguradas (o Centro Dia do Idoso, por exemplo, lado do Almoxarifado), outras ficam apenas na intenção – o antigo ditado já dizia que de boas intenções o inferno está cheio. Nesse ínterim, o chefe do Executivo compra o prédio da Stéfani a preço de dólar e provoca um quiproquó danado com presidente da Câmara. Não era para menos. Tem gente que diz que essa será a marca registrada do atual governo municipal. Não acreditamos. Outros alcaides já tentaram entrar para a história transferindo o paço municipal. Só arranjaram confusão e gastos para os cofres públicos.

Com essa, com certeza, não será diferente. Ao estabelecer prioridades, qualquer gestão pública agrada aos olhos dos munícipes e delas não abre mão. Claro que não duvidamos do arrojo e da ousadia do chefe do Executivo – nem mesmo de sua competência como empresário e administrador que é. Como se sabe, entretanto, que o povo é imediatista e em mais alto grau individualista, não espera nada para amanhã, o prefeito encontrará problemas pela frente. Tem-se tarefas difíceis, como na saúde, transporte (ainda não se decidiu a questão da Viação Paraty), habitação, meio ambiente e planejamento urbano.

Estamos derrapando no simples, no trivial e, meio ano após, ainda não conseguimos avançar o sinal de “pare” – que ficou emperrado durante quatro anos na nossa memória. Taquaritinga festeja neste mês 125 anos de emancipação político-administrativa. Tempo de rever posições, época de plantar para colher depois. É preciso, convenhamos não confundir autoridade com autoritarismo. Decidir com autoridade é sempre bem vindo e necessário para o bem-estar de todos.

O que não é admissível em hipótese alguma é a decisão com autoritarismo. Governar é a arte da flexibilidade, do jogo de cintura, tem que ter sensibilidade, gostar de pessoas. Além de revolucionário, é preciso ser humano em primeiro lugar, agir com solidariedade e respeito a quem mais necessita. A partir deste momento, o governo atual terá que responder pelos seus atos, não poderá mais fazer ouvidos moucos às questões fundamentais. E muito menos deixar de realizar por culpa de gestões anteriores.

Para isso, o administrador terá que se envolver com outras alas políticas e partidárias. Fazer as pazes com adversários e procurar agradar as torcidas mais enfurecidas. Não é com ofensas particulares (como a que está ocorrendo no momento com a presidência do Legislativo) que nosso Município encontrará a vocação definitiva de seu futuro.

Precisamos buscar, enfim, a unidade na diversidade!

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