Soltar pipas: da diversão à tragédia

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A chegada das férias é muito aguardada por crianças e adolescentes, que além de descansarem, adoram praticar o ato de soltar pipas. A atividade é uma brincadeira antiga, e uma das mais favoritas da molecada.

Contudo, a prática pode se tornar crime quando você inclui o cerol, mistura caseira feita com cola e vidro moído, ou mesmo a linha chilena – espécie de cerol industrializado que tem a comercialização proibida no Brasil. Quem utiliza tais materiais, com a finalidade de “cortar” o voo dos concorrentes e ostentar, sozinho, sua pipa no céu, faz algo ainda mais grave: coloca em risco a vida das pessoas, principalmente ciclistas e motociclistas.

Diversas famílias têm divulgado em perfis de redes sociais, além da própria PM em seus boletins de ocorrências diários, o fato de pessoas serem feridas pelo uso indevido do cerol, sendo que, em alguns casos, as vítimas acabam falecendo.

Em Ribeirão Preto, por exemplo, é crime desde 1997. A fabricação e comercialização de cerol são proibidas por lei. O descumprimento pode gerar aplicação de multa e também a responsabilização dos pais e responsáveis, em casos de crianças ou adolescentes. Já o uso do cerol pode, segundo a Polícia Militar, ser enquadrado no Código Penal como ‘expor a vida ou saúde de outrem a perigo direto e eminente’, com detenção de um a três anos, se não constituir agravantes – há registros de casos que foram julgados como lesão corporal e até homicídio.

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