PM nega que ataques a batalhão e a ônibus sejam represália

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Depois de um fim de semana que terminou com um ataque ao batalhão da Polícia Militar e um ônibus incendiado em Sertãozinho, a PM nega que os casos sejam uma represália por parte de criminosos.

As ocorrências aconteceram entre sexta-feira (23) e domingo (25), depois da apreensão de um suspeito de tráfico de drogas na Vila Áurea, em Sertãozinho. No bairro, um vendedor de panelas acabou baleado por cinco disparos no mesmo fim de semana, fato também dissociado dos demais. Os casos são investigados pela Polícia Civil. Ninguém foi preso.

De acordo com o capitão da PM Carlos Henrique Boso, o ataque ao ônibus aconteceu depois de um roubo em que os assaltantes levaram R$ 50 do coletivo, a despeito da informação inicial de que teria sido uma resposta à apreensão de um suspeito.

Ele também confirma que o patrulhamento foi intensificado no município. “São fatos distintos, que aconteceram num dia seguido do outro, não há vinculação de um fato com o outro”, afirma.

Entenda o caso

Na noite de sexta-feira (23), um grupo rendeu o motorista de um ônibus por volta das 22h30 no cruzamento das avenidas Aparecido Savegnago e Afonsilio Fagundes Pereira. Testemunhas informaram que os criminosos, um deles armado, mandaram os passageiros descerem e atearam fogo ao veículo com uso de gasolina. Ninguém se feriu e não houve prisões.

Foto: Reprodução EPTV

Uma hora antes, de acordo com a polícia, um rapaz de 23 anos foi flagrado com 32 porções de maconha e dinheiro na Rua Terezinha Duque Borborem e tentou fugir de bicicleta. Durante a tentativa de escapar dos policiais, ele se desfez de uma sacola onde estava a droga e foi detido. Levado à delegacia, ele foi liberado.

“Na sexta-feira foi registrada uma ocorrência de porte de entorpecente, inicialmente, e, por volta das 22h, o registro de um roubo a um coletivo, posteriormente ao roubo, onde foram subtraídos R$ 50. Os indivíduos pediram para um motorista se deslocar com o ônibus um pouco mais à frente, a partir daí causaram um dano no coletivo, que foi um incêndio. Foi isso que foi registrado na sexta-feira. Não há nenhuma vinculação da prisão com o dano no coletivo”, afirma Boso.

Já na tarde do sábado (24) um jovem de 26 anos foi baleado com cinco tiros também na Vila Áurea. O crime aconteceu por volta do meio-dia na Rua Benício Rodrigues da Costa. Segundo testemunhas, a vítima, que é vendedora de panelas, caminhava pela via quando foi abordada por um homem que apontou a arma e efetuou pelo menos cinco disparos na direção dela. Três tiros atingiram a região do tórax e outros dois acertaram o braço do homem.

O jovem foi levado pelo Samu até a UPA, onde segue em atendimento. Testemunhas apontaram o nome de um suspeito à polícia, mas até o momento ninguém foi preso.

A polícia, no entanto, descarta qualquer ligação com os acontecimentos de sexta-feira.

Ataque ao Batalhão da PM

O prédio do Batalhão da Polícia Militar foi alvo de tiros na madrugada do domingo no bairro Alto do Ginásio. Segundo informações do boletim de ocorrência, os disparos foram feitos por um homem em uma moto. Nenhum suspeito foi localizado e ninguém ficou ferido.

Uma testemunha informou à polícia que por volta da meia-noite viu um homem se aproximar de moto do prédio, localizado na Avenida João Pignata, e efetuar dois disparos contra o imóvel. Um tiro atingiu uma das paredes e o outro acertou o carro de um policial militar, parado no estacionamento. Segundo a testemunha, o atirador deixou o local em seguida.

Na porta do prédio, a polícia apreendeu uma colcha laranja, que teria sido usada pelo atirador para cobrir o corpo e não ser identificado.

“São fatos importantes que demandam uma atenção especial da Polícia Militar, estamos apurando junto com a Polícia Civil o que pode ter havido”, afirma Boso.

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